Quando Augusto finaliza a conquista da península Ibérica, com a campanha contra os Astures, já a região de Basto
estaria sob o domínio administrativo de Roma, e a adoptar alguns dos seus padrões de cultura, isto é, no processo
de Romanização. Neste período, que se iniciou ao longo da segunda metade do século I a C notam-se algumas
mudanças nos povoados indígenas.  Alguns, como a cividade de Chacim e, talvez também o castro de Santa Comba,
terão assumido papel de centralidade, revitalizando a sua arquitectura e os seus espaços, para eles migrando alguma
população.  Outros, como parece ser o caso do pequeno castro do Arco de Baúlhe, ter-se-ão esvaziado de habitantes.
Com a romanização assistimos a uma distribuição mais uniforme do povoamento entre a montanha e o vale.
Alguns vestígios demonstram ainda que, nesta época, as populações se espalhavam já, e agricultavam, as terras
baixas adjacentes aos povoados, como demonstram os materiais do lugar da Mó de Cima, em Chacim, e talvez o
pequeno castro de Outeiro, em Alvite possa integrar-se neste fenómeno.  Nesta fase de profunda mudança pode
documentar-se ainda a importância ritual da função guerreira, através das estátuas de guerreiro calaico, das quais
O Basto e o guerreiro de Sta. Comba são magníficos exemplos, bem como através dos torques em ouro, que
pensamos serem provenientes da área de Cavez.
Com a sedimentação deste processo, aparecem-nos as ocupações agrárias abertas, do tipo casal como a existente
em Abadim, nas quais poderão ter habitado os dedicantes das inscrições honoríficas cujo teor atesta um padrão de
civilidade já marcadamente romana.