• Sítio: Cividade de Chacim, Outeiro dos Mouros, Subidade
  • Época: Idade do Ferro final-Romanização
  • Localização:   freguesia: Rio Douro;  lugar: Cambeses; coordenadas: 41° 31‘ 56,3“ - 7° 57’ 35,6’’; carta SCE nº 72
  • Enquadramento: Sequência de esporões voltados a Sul, dispostos em anfiteatro, com cobertura actual de vegetação rasteira (predominantemente leguminosas), como resultado do incêndio do pinhal que anteriormente cobria o monte. As encostas são íngremes, juncadas de abundantes afloramentos de granito, os quais sustêm algum solo, formando por vezes pequenas plataformas naturais. As ligações entre estes cabeços desnivelados em anfiteatro cria rechãs onde a sedimentação de solos humosos é mais significativa.
  • Descrição: A Cividade apresenta uma morfologia e uma tipologia de implantação algo insólitas dentro do vulgo da cultura castreja, mas da qual se conhecem alguns exemplos espalhados por todo o Norte de Portugal. A parte superior so sítio arranca de um pequeno esporão encaixado na encosta, no qual se parece ter escavado um fosso pouco perceptível, para acentuar o desnível, e reforçando o cabeço com uma potente muralha dupla, em socalco, formando barreira rectilínea. Desta, vemos ainda bons tramos de aparelho poligonal com cerca de 2 metros de altura. Dos extremos desta bareira, que mede pouco menos de trinta metros, nascem muralhas que inflectem para Sul, encosta abaixo, abrindo em leque, e assim criando uma faixa defendida na encosta Sul, onde se notam alguns socalcos, e vestígios de uma casas redondas e quadrangulares. A julgar pelos relatos de Rocha Peixoto e Martins Sarmento houve, uma nítida depredação da pedra das estruturas arqueológicas. Não admiraria que muita da pedra do povoado tivesse sido utilizada para construir os inúmeros muros que delimitam as propriedades do local e proximidades.
  • Espólio: Foi encontrado algum espólio de superfície constituido por moinhos circulares em granito, tegula e imbrex, bem como cerâmica de uso doméstico, mormente dólios, púcaros e copas. Esta, pelas suas formas e fabrico micáceo é tipologicamente enquadrável no grupo da cerâmica castreja dos séculos I a.C/d.C., notando-se ainda alguns fragmentos já aparentados com fabricos locais romanizados.