Sítio: Conjunto megalítico de Tarroeiras

Época: II/I milénios aC

Enquadramento: Pequena châ localizada no sopé nordeste do monte com o topónimo cartográfico “Pedraça”, e interrompida por um outro cabeço, que a enquadra. Por ela passa a estrada que liga Pedraça a Boadela e, no seu extremo sudoeste um outro cabeço que teria existido, e se adivinha no corte, foi terraplanado para a construção do campo de futebol.

Descrição: Martins Sarmento, que visitou o local em 31 de Maio de 1880, relata-nos, com algum pormenor, a existência de sete mamoas nesta châ, todas à data já violadas, mas das quais foi possível retirar alguns dados.
Trata-se de mamoas de pequenas dimensões, cerca de 6 metros de diâmetro por cerca de 60/80 cm de alto, com câmaras cistóides e fundas em relação ao nível do terreno, forradas com lajes em granito. As dimensões de um dos exemplos apresentados rondam os 120 x 100 x 60 cm. Refere que o enchimento das câmaras seria de terra negra, humosa e com carvões, alheia ao contexto local.
Visitado o local, detectámos apenas duas mamoas bastante destruídas, e restos muito ténues de uma terceira, que teria sido cortada por um caminho. Desta última, sobreviveu um pequeno fragmento de cerâmica, que recolhemos.

Materiais associados: Está documentado o achado de vasos cerâmicos, de côr escura e sem decoração, apresentando Sarmento o desenho de um fragmento decorado com três bandas de puncionamento arrastado. Foi encontrado ainda um fragmento sem decoração de cerâmica de côr acinzentada, pasta grosseira e fraca cozedura, bem como um pequeno fragmento de mó manual oblonga.